Talvez eu use o “destino” como um calmante. 'Era pra ser assim'. Eu falo pra mim mesma. 'Não era pra ser'. 'Não era pra você namorar aquele imbecil'. 'Era pra você sair com aquele lindo tudo de bom'. Invento o “destino” pra justificar todas as coisas que acontecem que não dependem da minha vontade. Chamo isso de destino pra seguir em frente sem mágoas e mais confiante. Como se tudo de bom ou de ruim que me acontecesse fosse pro meu próprio bem. Como se eu não fosse livre pra intervir e mudar o rumo das coisas.
Excluo toda e qualquer culpa, mas também todo mérito. Eu eliminei o acaso da minha vida. Não acredito em coincidências. Tudo era pra ser. Um plano traçado imutável.
Eu vivo a minha vida esperando que o destino arrume um bom plano para eu seguir, eu espero que todas as minhas percepções façam jus à realidade. Eu espero que isso seja mesmo coisa do destino. E que o destino (esse ingrato!) não esteja de novo me pregando uma peça.
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